Filho de Maguila anuncia que ele 'jogou a toalha' diante da piora da doença
- rendadeinternet223
- 25 de out. de 2024
- 2 min de leitura
nior Ahzura revela últimas interações com o pai em meio a piora da encefalopatia traumática crônica, doença com que convivia há 18 anos. Filho mais velho elogia companheirismo da esposa
Dois dos três filhos de Maguila estiveram no velório do pai nesta sexta-feira, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e falaram sobre a partida do lutador aos 66 anos. Júnior Ahzura, 32 anos, responsável por cuidar das redes sociais de Maguila e pelo acervo do pugilista, ressaltou que Maguila parecia "jogar a toalha" no final da vida diante da piora da doença, a encefalopatia traumática crônica, com que já convivia há 18 anos.
- As últimas interações ele já estava muito debilitado pelo quadro da saúde, mas ainda assim ele muito brincalhão com a gente. Ele tem essa característica de uma pessoa solta, brincalhona. Eu acho que ele seguiu assim a vida inteira, e por mais que ele estava sentido dores, desconfortos, enfim, dentro do quadro dele ele estava ali presente mesmo. Tivemos algumas conversas na qual ele estava sentindo uma falta de força pra continuar lutando. Nas últimas conversas parecia que ele estava jogando a toalha. Mas ele lutou muito, literalmente. Foi muito forte nesse momento (a doença) e debilitou demais, mas assim assim ele muito leve e muito brincalhão com a gente.

Adenilson Lima dos Santos, filho mais velho do lutador, quando perguntado sobre a memória que carregaria do pai, resolveu elogiar o empenho da esposa de Maguila, Irani Pinheiro - que não é sua mãe.
- O que fica da memória do meu pai para mim foi essa mulher guerreira, que desde sempre acompanhou ele. Desde sempre fortaleceu ele. Até quando ele queria desistir ela dava força pra ele continuar. Mesmo ele sendo turrão, ignorante, ela sempre acompanhou ele e nunca abandonou ele de maneira nenhuma. Você vê que ela está aqui e um monte que falava dela não está nenhum aqui. Aí que nós vê a verdade de quem é quem. Sempre lutou ao lado dele até as últimas consequências, lutou até onde ela não pôde lutar ela estava lutando com ele. Ela viu coisas acontecer que muita gente não sabe. Ela chorou muito tempo quieta, em silêncio, para não saber da dor dela. E ele sofrendo, que ele já estava sofrendo do mal e ele muito teimoso não queria ouvir, não queria atender ninguém, e ela que aguentava. Quando chegava em casa e fechava a porta do quarto, ela que aguentava ele. Falava para ele tomar remédio e ele não queria tomar. Falava pra ele parar de lutar e ele não queria parar. Se não fosse essa mulher guerreira ao lado dele, não tinha chegado onde chegou. Tenho muito a agradecer por ela por tudo que ela fez por ele e por todos. Nunca abandonou ele. Quem falava dele, da família dele, não está nenhum aqui.
O Brasil se despede de um dos maiores boxeadores de sua história. José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, morreu nesta última quinta-feira, dia 24 de outubro de 2024, em São Paulo, aos 66 anos. O principal peso-pesado e uma das direitas mais pesadas do boxe brasileiro sofria de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013.
Comments